Recall de medicamentos: pontos sensíveis para a indústria farmacêutica

O setor de saúde foi o terceiro que mais apresentou campanhas de chamamento no Brasil – conhecidas como recall de produtos, no período entre 2013 e 2014. Segundo dados da  Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon), no boletim “Saúde e Segurança do Consumidor 2015*”, a área da saúde, quantitativamente, esteve atrás apenas dos produtos automotores e motociclos. As demandas de recall de produtos de saúde mostrou-se maior do que outras dez categorias que incluem, entre outros, alimentos, móveis, brinquedos e eletroeletrônicos.

Dentro da categoria “Saúde”, os medicamentos representaram 66,6% dos recalls no período. Em 2013, foram colocados no mercado aproximadamente 3,4 milhões de unidades de medicamentos fora do padrão. Em 2014, foram 160 mil unidades que demandaram a ação de recall.

Segundo a própria Senacon, houve um aumento no número de recalls efetuados pela indústria brasileira, com acréscimo da diversificação de produtos que precisaram ser recolhidos. A entidade aponta, entre as razões para isso, o fato de que há atualmente uma maior articulação de órgãos de defesa do consumidor e monitoramento de autoridades reguladoras, nacionais e internacionais, bem como uma nova postura das empresas no que diz respeito ao cumprimento de normas.

Legislação, prazos, armazenamento e registros no recall de medicamentos

Para o setor farmacêutico brasileiro, bastante cobrado no que diz respeito a políticas de Logística Reversa, o recall de produtos apresenta grandes desafios. O primeiro deles é manter os processos internos de acordo com a legislação. Afinal, além da relação entre consumidor e mercado, pautada pelo Código de Defesa do Consumidor, há instrumentos legais como os definidos pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), tais como leis de controle sobre o comércio de medicamentos e insumos farmacêuticos e cosméticos. O descumprimento legal, por sua vez, resulta em sanções e altas penalidades em diferentes instâncias jurídicas.

O segundo desafio para a indústria farmacêutica é atuar com rapidez no recolhimento dos itens fora de padrão, dada a vasta territorialidade do Brasil. Alcançar os pontos de coleta, sejam eles a residência de consumidores, farmácias, hospitais e outros locais acaba sendo uma ação complexa e com grande necessidade de otimização de tempo e recursos logísticos.

recall de medicamentos

O acondicionamento dos medicamentos, seja durante o seu transporte ou no trabalho de análise das amostras, também é um ponto sensível para a indústria farmacêutica. Controle de temperatura, ventilação e boas práticas de manejo são questões essenciais para que o recall de medicamentos seja realizado com segurança, principalmente para os profissionais que atuam diretamente com os lotes de produtos.

Outra exigência que deve ser seguida à risca na logística reversa de medicamentos é o preenchimento da documentação a ser fornecida aos órgãos regulatórios. As dificuldades de lidar com os processos de documentação foi apontado por profissionais da área farmacêutica no estudo “Logística Reversa na Indústria Farmacêutica”, elaborado pela Dinâmica Group com a agência especializada Day Customer Experience.

Sobre a Dinâmica Group

Atenta às necessidades da indústria farmacêutica, a Dinâmica Group desenvolveu uma solução customizada de logística reversa para o setor. O Care 360, que atende aos requerimentos de certificação da Anvisa para o manuseio de amostra e estocagem de produtos, oferece agilidade, segurança e qualidade no serviço de logística reversa de  medicamentos, cosméticos, correlatos e saneantes. A armazenagem de produtos também possui certificado da Anvisa e é feita somente em salas climatizadas e dotadas de controle de acesso. Saiba mais em: https://www.dinamicagroup.com.br/logistica-reversa/

 

*Disponível em: http://www.justica.gov.br/seus-direitos/consumidor/Anexos/boletim-saude-e-seguranca-do-consumidor-2015.pdf