Apesar de todos os avanços conquistados quando o assunto é equidade de gênero nas empresas, há um longo caminho a ainda a ser percorrido.

Por exemplo, em 2020, segundo o CAGED, 230 mil novas vagas foram ocupadas por homens, enquanto as mulheres perderam quase 90 mil postos. Isso faz com que 45,6% desse público não tenha empregos formais. As mulheres com carteira assinada, por sua vez, recebem menos de 78% dos salários dos homens, conforme pontua o Portal Exame.

De acordo com o estudo “Global Gender Gap Report 2020”, publicado pelo World Economic Forum (WEF), seriam necessários 99,5 anos para se ter uma real equidade de gênero dentro das organizações.

Assim, para entender mais acerca da importância da equidade de gênero nas organizações, este é o tema do nosso post de hoje.

A equidade de gênero dentro das organizações: cenário atual

Quando olhamos para dentro das empresas, percebemos que a discrepância de gênero ainda é uma realidade: mulheres ocupam, em média, apenas 35% dos cargos de gerência, 16% dos cargos de liderança (diretoria), menos de 10% das presidências, 11% dos assentos em conselhos de administração e, apenas, 6% a posição de presidentes de Conselhos.

E ainda há um agravante: mesmo quando chegam a ocupar tais cargos, recebem ainda menos, 62% do que os homens ganham, segundo o IBGE (fonte: Exame).

Mas o que é, afinal, equidade de gênero?

De acordo com o Portal Convenia, a equidade de gênero significa oferecer as mesmas oportunidades, benefícios e tratamento tanto para os homens como para as mulheres.

No contexto corporativo, esse conceito permite que ambos tenham igual acesso a:

• Boas remunerações;
• Promoções de carreira;
• Posições de liderança;
• Treinamento e capacitação;
• Qualidade de vida.

Assim, em outras palavras, a equidade de gênero faz com que a empresa, ao definir as políticas internas, leve em consideração as necessidades, peculiaridades e perfil profissional de homens e mulheres.

Ações para uma maior equidade de gênero dentro das empresas

A pesquisa Getting to Equal (2018) apontou 40 aspectos culturais dentro das organizações que ajudam no desenvolvimento das mulheres e que trazem benefícios para todos os colaboradores. Alguns exemplos:

• transparência em relação às metas sobre diversidade. É necessário que as empresas estipulem e compartilhem os objetivos com toda a equipe e que essa seja uma prioridade para as lideranças;
• criação de redes de mulheres, que também podem ser abertas aos homens, é outro modo de desenvolver um espaço para o diálogo internamente;
• encorajar os homens a tirarem licença paternidade;
• oferecer oportunidades para que os colaboradores evitem viagens corporativas para lugares distantes ou para que trabalhem de casa quando têm um compromisso são medidas eficientes. Principalmente levando em conta que as mulheres cumprem dupla ou tripla jornada e, muitas vezes, têm sua carreira prejudicada quando se tornam mães e não contam com essa flexibilidade.

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